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Investimentos Estruturados no Brasil: Tipos, Vantagens e Como Escolher

Montagem gráfica com lupa representando o Brasil.

Introdução

Nos últimos anos, os investimentos estruturados no Brasil vêm ganhando destaque entre os investidores. Isso ocorre porque esses produtos oferecem alternativas sofisticadas para quem busca maior rentabilidade, diversificação de portfólio e proteção contra riscos de mercado.

Neste artigo, você encontrará uma explicação clara sobre o que são investimentos estruturados no Brasil, conhecerá os principais tipos disponíveis no Brasil, entenderá seus benefícios e riscos, e descobrirá qual modelo se alinha melhor ao seu perfil financeiro.

O Que São Investimentos Estruturados?

De forma geral, investimentos estruturados são produtos financeiros compostos pela combinação de dois ou mais ativos, como renda fixa, derivativos, fundos multimercado ou ativos imobiliários. Eles são desenhados para atender a objetivos específicos, como proteção do capital, exposição a setores estratégicos ou acesso a mercados internacionais.

Além disso, esses investimentos estruturados não são exclusivos de investidores institucionais. Embora sejam muito comuns no private banking, investidores qualificados também têm acesso, o que amplia significativamente as possibilidades de alocação inteligente de capital.

Principais Tipos de Investimentos Estruturados no Brasil

1. COE – Certificado de Operações Estruturadas

Em primeiro lugar, temos o COE, que se destaca por unir segurança e flexibilidade. Ele combina renda fixa com derivativos, podendo inclusive proteger 100% do capital investido. Assim, o investidor pode lucrar com a alta, a queda ou mesmo a estabilidade de um determinado ativo. Isso o torna uma excelente opção para diversificar com risco controlado.

2. FIDCs – Fundos de Investimento em Direitos Creditórios

Outro tipo importante são os FIDCs. Eles compram recebíveis de empresas, como duplicatas e cheques, e geralmente oferecem retorno superior ao da renda fixa tradicional. Quando estruturados como Multicedente e Multisacado, esses fundos diluem os riscos de inadimplência. Portanto, são indicados para investidores qualificados que buscam rentabilidade e maior estabilidade de fluxo.

3. Fundos Imobiliários Estruturados

A seguir, temos os fundos imobiliários, que também podem ser estruturados. Os FIIs de Desenvolvimento investem em projetos em construção, mirando valorização futura. Já os FIIs de Papel aplicam em CRIs, oferecendo rendimento periódico atrelado à inflação. Em ambos os casos, tratam-se de boas opções para diversificar em ativos reais e proteger o poder de compra.

4. CRI e CRA – Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio

Esses certificados são títulos de renda fixa lastreados em recebíveis de setores estratégicos. A principal vantagem para pessoas físicas é a isenção de Imposto de Renda. Além disso, eles costumam ter rendimento indexado ao IPCA ou CDI, o que os torna bastante atrativos para quem busca rentabilidade com previsibilidade.

5. Debêntures Incentivadas e Não Incentivadas

Por outro lado, temos as debêntures, que são títulos de dívida emitidos por empresas. As debêntures incentivadas, usadas em projetos de infraestrutura, também contam com isenção de IR. Já as não incentivadas oferecem taxas mais atrativas, sendo alternativas interessantes ao Tesouro Direto, especialmente para quem deseja renda passiva com maior retorno.

6. Hedge Funds e Fundos Long & Short

Agora, se o seu perfil é mais arrojado, os hedge funds e os fundos long & short podem ser ideais. Esses fundos utilizam estratégias como alavancagem e arbitragem. Enquanto os hedge funds buscam retorno absoluto, os long & short aproveitam tanto movimentos de alta quanto de queda no mercado. Por isso, são recomendados para investidores com maior tolerância ao risco.

7. Fundos Quantitativos

Os fundos quantitativos representam uma abordagem moderna. Eles utilizam algoritmos, inteligência artificial e modelos estatísticos para tomar decisões de investimento. Dessa forma, operam com menor influência emocional e em várias classes de ativos ao mesmo tempo, o que reduz a correlação com o mercado tradicional.

8. Private Equity e Venture Capital

Por fim, temos o Private Equity e o Venture Capital. O primeiro investe em empresas já consolidadas, enquanto o segundo foca em startups inovadoras. Ambos exigem prazos mais longos e maior tolerância ao risco, mas, em contrapartida, podem gerar retornos expressivos ao longo do tempo.

O que você precisa saber

Em resumo, os investimentos estruturados no Brasil oferecem soluções altamente personalizáveis para diferentes perfis de investidor. Desde o mais conservador, que deseja proteger seu patrimônio, até o mais agressivo, que busca rentabilidades elevadas, há estratégias eficazes disponíveis.

Contudo, antes de aplicar seus recursos, é fundamental avaliar seu perfil de risco, estudar bem cada produto e, preferencialmente, contar com orientação profissional. Somente assim será possível aproveitar o potencial dos investimentos estruturados de forma segura e eficiente.

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